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A Recriação do Cerco Almeida está a aproximar-se!

Marcos Portugal (1762–1830)

Marcos António da Fonseca Portugal, um compositor e organista luso-brasileiro, destacou-se na música erudita, com obras reconhecidas em toda a Europa. Estudou com João de Sousa Carvalho e, aos 14 anos, compôs sua primeira obra. Com 20 anos, já era organista e compositor na Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. Trabalhou no Teatro do Salitre, compôs para a corte portuguesa e, com patrocínio, passou um período significativo em Itália, onde escreveu mais de vinte óperas.

Após retornar a Portugal, foi mestre de música do Seminário da Patriarcal e maestro no Teatro de São Carlos. Em 1811, foi para o Rio de Janeiro a convite do Príncipe Regente D. João, onde foi nomeado compositor oficial da corte. Morreu no Rio de Janeiro em 1830.

Marcos Portugal compôs durante a sua carreira mais de 40 óperas. As obras mais conhecidas são: “La confusione della somiglianza”, “Lo spazzacamino principe”, “La donna di genio volubile”, “Le donne cambiate” e “Non irritar le donne”. Para além destas, também compôs muitas obras sacras, entre as quais mais de 20 peças para os seis órgãos da Basílica de Mafra.

Foi o autor dos dois primeiros hinos oficiais de Portugal (Hymno Patriótico, 1809) e do Brasil (Hino da Independência do Brasil, 1822). Foi um dos mais prolíficos compositores portugueses de todos os tempos. A sua extensa obra encontra-se distribuída por vários arquivos em Portugal, Brasil, Itália, França, Inglaterra, Espanha, Bélgica e Estados Unidos da América. Cultivou os géneros religioso e teatral.

Referências bibliográficas sobre Marcos Portugal:

1. CARVALHAES, Manoel Pereira Peixoto d’ Almeida – Marcos Portugal na sua música dramática: Históricas investigações. Lisboa: Typographia Castro Irmão, 1910.

2. CRANMER, David (ed.) – Mozart, Marcos Portugal e o seu tempo / and their time. Lisboa: Edições Colibri/CESEM, 2010. 3. MARQUES, António Jorge – A obra religiosa de Marcos António Portugal (1762-1830): catálogo temático, crítica de fontes e de texto, proposta de cronologia. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal/CESEM, 2012.

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