Entrega da candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia (FAR) à Comissão Nacional da UNESCO
Foi entregue hoje, 03 de junho, formalmente à Comissão Nacional da UNESCO a candidatura das Fortalezas Abaluartadas da Raia (FAR), numa cerimónia que decorreu no Centro de Estudos de Arquitetura Militar, na Praça-forte de Almeida.
Este ato contou com a presença dos proponentes da candidatura nas pessoas dos Exmos.: Presidentes da Câmara Municipal de Almeida, Eng. António Machado; de Marvão, Eng. António Vitorino; de Valença, Eng. José Manuel Carpinteira; do Exmo. Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, Embaixador José Moraes Cabral, da Vice-Presidente do ICOMOS Portugal; Doutora Ana Paula Amendoeira.
De entre os presentes ilustres, contámos ainda com o coordenador da candidatura Professor João Campos e com o Presidente da Association Vauban Alain Monferrand.
Para além dos proponentes da candidatura estiveram ainda presentes na cerimónia, representantes de outras municipalidades manifestando o seu interesse em integrar a rede das FAR quer pelo lado português, quer pelo lado espanhol da fronteira.
De assinalar que esta candidatura, aberta e em série, é inovadora “tratando-se de uma candidatura com grande potencial e de grande interesse na perspetiva da valorização do território transfronteiriço, que trará grandes vantagens para a salvaguarda e valorização do património que lhe está associado, bem como para o desenvolvimento cultural social e económico”.
Espera-se que a proposta de classificação pela UNESCO seja entregue em Paris, em 2025, para uma avaliação prévia pelo grupo de peritos internacionais e posteriormente avançar para a avaliação do Comité Internacional.
O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Almeida, Eng. António José Monteiro Machado referiu que “A Candidatura em apreço reveste-se de grande importância para a salvaguarda do vasto património de excecional valor universal e de cujo sucesso, muito poderá beneficiar o nosso país, decorrente do intrínseco potencial para o desenvolvimento social e económico das regiões interiores de Portugal, uma vez que o bem a classificar abrange toda a faixa territorial da fronteira terrestre (…)
Esta classificação, a primeira em série a ser conduzida por Portugal e com efetivas possibilidades de se transformar num reconhecimento transnacional, adquire maior ressonância pelas múltiplas vantagens que pode trazer à notoriedade e atração de investimento em zonas demográfica e economicamente deprimidas do nosso País.”
Destacou ainda que “esta é a melhor oportunidade para que este território se valorize e se destaque, para que se consiga atrair novos investidores e novos investimentos (…)”
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