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O PATRIMÓNIO E A EDUCAÇÃO (RECORDATÓRIO)

O Património, visto como herança da história individual e coletiva, tem de ser valorizado pelas populações locais, na medida em que corresponde à sua Identidade.

Considera-se fundamental, para uma verdadeira dinamização e valorização do Património Local, que a comunidade (re)conheça o valor dessa herança cultural, a fim de a poder rentabilizar como recurso de desenvolvimento.

As atividades que se têm vindo a desenvolver através dos Serviços Educativos no CEAMA e no MHMA visam dinamizar a ligação do Património à comunidade, com particular incidência nos públicos escolares, transmitindo, de forma lúdico pedagógica, aspetos culturais relacionados com o sítio, englobando o Património material e imaterial desse território.

Estes tempos de contingências que agora vivemos impelem-nos para continuarmos a afirmar que o Património e a sua Preservação continuam a ser o nosso foco principal e, quando olhamos para trás, ao vermos o caminho já percorrido, a força e a coragem é ainda maior de fazer ainda mais e melhor!

PARA AS CRIANÇAS DEIXAMOS ALGUMAS NOTAS DO CAMINHO FEITO:

Lembramos o teatro e a dramatização de histórias de ficção e fantasia, baseadas em histórias reais, mas intencionalmente transformadas e fantasiosas como indutoras de aprendizagens e de apresentação de conteúdos por vezes complicados, quando relacionados com a dureza da guerra ou da história militar que nem sempre têm um final feliz. No decorrer do ano 2012 escrevemos e dramatizámos a história de um “SOLDADINHO CHAMADO JOÃO” que com a sua amiga Beatriz de sapatos vermelhos, decifraram o interessante código dos atributos da fortificação abaluartada e a história do infortúnio da explosão do castelo de 1810 qual Indiana Jones em busca do tesouro perdido !!!

Lembramos também o “TEATRO LIBERDADE” com os alunos e professores da OHA, onde explorámos de forma lúdica e muito didática a história das Casamatas e do seu percurso «de vida» enquanto prisões no Período Liberal. Aqui foram relatadas as memórias dos prisioneiros e a conjuntura difícil de 1820/1834.

Lembramos ainda o ano de 2013, como o ano em que decorreram vários Ateliers, nomeadamente de (RE)CRIAÇÃO DE TRAJES E ACESSÓRIOS MEDIEVAIS, Ateliers de Costura, a que atribuímos o nome de “TRAPOS COM MEMÓRIAS”. Recordamos as OFICINAS DE ARTESANATO que fizemos nas escolas, escolhendo o ano de 2012, que com o bracejo e a arte de fazer vassouras, recordámos e fizemos molides como homenagem às mulheres merendeiras e aos almoços na faina agrícola. Assinalamos de modo particular, essa atividade por ainda retermos na memória o olhar curioso dos petizes do 1º ciclo muito interessados com os seus deditos finos a enrolar tanto a verdura como os trapinhos das rodilhas como se tudo aquilo pertencesse a um passado muito distante, mas que afinal tinha sido apenas há alguns anos atrás.

Tendo como objetivo divulgar a gastronomia de Almeida e incentivar a preservação do Património Intangível Regional não podíamos esquecer o ano 2011 e o dia em que aprendemos a fazer bolas doces à moda da D. Joaquina do Arrabalde de Santo António, ou ainda o dia em que fizemos biscoitos à moda das Festas de Almeida. Avivamos ainda o dia em que fizemos chouriças e farinheiras à moda dos avós, na quinta do Sr. João, e dia em que amassamos pão no forno comunitário do Poço Velho.

Para um público especialista lembramos as 22 revistas CEAMA resultado de um trabalho apurado de reflexão, crítica e estudo, e assinalamos os Seminários Internacionais e a discussão do objeto: Arquitetura Militar em especial a Abaluartada.

Depois de mais de uma década de existência e várias dezenas de ações feitas citamos uma frase muito emblemática do Hino de Almeida «VIVA ALMEIDA, QUE OCUPA NA HISTÓRIA UMA PÁGINA TÃO CHEIA DE VIDA» Hino este que também se fez ouvir, no ano 2014, na voz do Coro Polifónico de Almeida no CEAMA, numa tarde morna de Outono, para um vasto grupo de alunos, da OHA do Agrupamento de Escolas de Almeida. É caso para dizer que acreditamos que esta conjuntura difícil vai passar e depressa voltaremos a estar juntos em prol da defesa da História e do Património Local.

Bem-haja! Aprendemos muito e julgamos ter transmitido, fica a vontade de continuar a caminhar e de fazer o caminho!

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