Conta-se que há muito, muito tempo, tanto que se lhe perdera a conta, havia um homem, igual a tantos outros, que trabalhava como carcereiro nas Casamatas. Por ironia do destino e do tal tempo, ficou preso por lá, e por lá vagueia o seu espírito atormentado, juntamente com o espírito dos fantasmas que ali habitaram durante séculos
Conta-se que o tal homem, de quem ninguém já se lembra, apenas de ouvir contar, era velho, corcunda, narigudo, tinha a pele alva como a neve…tinha um ar fantasmagórico.
A história conta também que o homem vivia ali nas Casamatas acorrentado à ideia de que apenas seria libertado daquele tormento se conseguisse libertar os últimos 5 prisioneiros das masmorras subterrâneas.
Ora, para que tal acontecesse, haveria que resolver os mistérios que os acorrentaram aquele tempo que não passava…era como se tivessem acorrentados ao tempo de uma ampulheta, que não andava nem para a frente nem para trás, sem que 5 enigmáticas charadas fosse desvendadas.
Conta-se também que o intemporal Carcereiro, já farto de tantos séculos ali aprisionado, resolveu pedir ajuda aos transeuntes que por ali passavam para conhecer aquele tão belo edifício, que com o poder dos anos, se transformou num lugar de memórias.
Diz a História que mal o sol desapareça no horizonte e a noite caia sobre a terra, num dos dias do primeiro mês do ano, estão criadas as condições mágicas e lunares para que os mistérios sejam resolvidos e se libertem as almas penadas ainda ali aprisionadas.
(Esta é uma iniciativa integrada no programação de dia 7 de Janeiro no âmbito do aBEIRAR, cujo tema para Almeida é Arte e Ciência para a valorização do Património Cultural. )
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