“Após a fixação das fronteiras do reino, D. Diniz preocupou-se com a organização militar e civil do país.
Já D. Sancho II estabelecera as «melícias» dos concelhos, formadas por tropas a pé e a cavalo. No armamento dessas tropas sobressaía a «besta», os homens que portavam essa arma eram chamados de «bésteiros». D. Dinis instituiu os «bésteiros de conto» organizando, em quase todas as localidades do reino, pequenos grupos armados e com número fixado em cada concelho. Daí a designação de «conto» ou número. Para ALMEIDA também foram designados bésteiros. No reinado de D. Duarte foram designados em «Castel Milhor, e Almedia = 6 iij», isto é, 9 (nove) bésteiros de conto e ainda nessa época foram confirmados os privilégios da vila.”
Besta: Arma de arremesso constituída por uma coronha e um arco composto ligado transversalmente. Era uma arma antiga formada por um arco de aço ou madeira cuja corda se retesava por meio de uma mola e que disparava setas, balas de barro ou de chumbo.
O arco era feito com tiras de madeira de teixo intercaladas com fasquias de chifre ou osso de baleia e tendões de pescoço de cavalo, tudo isto era colado e enrolado em cabedal e fixo com tendões. Para armar a besta, na frente tinha um estribo, onde colocava o pé para esticar a corda até a noz.
Virote: Seta curta com ponta de aço, haste de madeira e na extremidade rectrizes em madeira. A sua precisão e capacidade de perfuração das armaduras faziam dela uma arma terrível. No entanto a velocidade era de um tiro por minuto que podia com um aparelho de armar a besta, ser aumentada para 4 tiros por minuto.
Esta e outras histórias no Museu Histórico Militar de Almeida, venha conhecê-las!
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