No mês em que se assinala a 20.ª Recriação Histórica do Cerco de Almeida, o Município de Almeida, através da Biblioteca Municipal Maria Natércia Ruivo, está atento aos seus leitores e sugere as seguintes obras para o público adulto, de forma a promover o gosto pela leitura.
Aceite as sugestões e tenha boas leituras!
“A Revolução da Mulher das Pevides”, Isabel Ricardo
A narrativa transporta-nos para os anos de terror vividos em Portugal quando os exércitos de Napoleão ocuparam Portugal. Perante os canhões e as balas dos exércitos franceses, Ana Luzindra só tinha uma arma: a sua beleza. Mas a beleza também pode ser mortal.
A morte e a crueldade marchavam lado a lado com os exércitos veteranos de Napoleão. E enquanto a Família Real fugia para o Brasil, o povo ficava para suportar todo o tipo de humilhações. Na vila da Nazaré, Ana Luzindra era parteira de profissão e uma mulher simples. Com a sua beleza, atraía-os, um a um, para a morte na calada da noite. A jovem inspira toda a comunidade a pegar em pedras e paus a fim de expulsar os invasores.
“A Revolução da Mulher das Pevides”, expressão da Nazaré que significa “algo insignificante”, foi tudo menos isso: pelo sobressalto que pregou aos franceses e pela posterior vingança desproporcionada que estes praticaram sobre a Nazaré, acabou por ser um dos momentos mais importantes da invasão, e inspiraria o longo e árduo caminho dos portugueses e aliados até à derradeira vitória sobre as tropas do temível Napoleão.
BIOGRAFIA
Isabel Ricardo nasceu em 1964 na cidade de Coimbra. Aos 11 anos escreveu o seu primeiro livro de aventuras, tendo inúmeras obras publicadas em Portugal e no estrangeiro. A sua escrita fascinante tem apaixonado leitores de todas as idades.
Aos 13 anos foi obrigada a deixar os estudos por motivos pessoais e começou a trabalhar. Por essa altura começou a enviar as histórias que escrevia para as editoras mais conhecidas do mercado, tendo sido recusadas pela sua idade e desconhecimento do seu nome. Com 16 anos colaborou no jornal local com pequenos artigos. Voltou a retomar os estudos aos 18 anos à noite, trabalhando de dia e continuando sempre a escrever. Só vários anos depois é que conseguiu ver um romance seu publicado diariamente no jornal “O Comércio do Porto”. Em 1993 escreveu “A Floresta Encantada”. Contactou diversas editoras, que recusaram sempre a sua publicação pela mesma razão: ser uma escritora desconhecida. Até que a CARPE DIEM, Associação Juvenil para a Arte e Cultura, resolveu formar uma editora para que o livro pudesse ser lançado, com o apoio do Instituto da Juventude.
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